NO ÚLTIMO TEMPO DA IRA, O SANTUÁRIO SERÁ PURIFICADO EM 1150 DIAS: A RELAÇÃO DE DANIEL 8 COM EZEQUIEL 38 e 39

- ESTUDOS

Neste estudo, vamos analisar a visão de Daniel 8, a qual  se refere ao último tempo da ira conforme dito expressamente pelo anjo Gabriel ao profeta Daniel nos versículos 17 e 19 deste capítulo 8.
Falaremos, assim, sobre mais uma importante peça do quebra-cabeça do tempo do fim. Boa leitura a todos.

NO ÚLTIMO TEMPO DA IRA, O SANTUÁRIO SERÁ PURIFICADO EM 1150 DIAS: 
A RELAÇÃO DE DANIEL 8 COM EZEQUIEL 38 e 39

I – A VISÃO DE DANIEL 8  E SEU SIGNIFICADO REVELADO PELO ANJO GABRIEL

Eis o texto inicial da visão de Daniel 8:
“E levantei os meus olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último.
Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia.
E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre insigne entre os olhos.
E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no ímpeto da sua força.
E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão.
E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu.
E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa.
E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou.
E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra.
E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou.” (Daniel 8:3-12)

I.1 O PRIMEIRO ANJO REVELA O PRAZO DE 2300 TARDES E MANHÃS PARA QUE O SANTUÁRIO SEJA PURIFICADO

Antes de o anjo Gabriel revelar a Daniel o significado da visão, o anjo que primeiro falara com Daniel revelou alguns pontos muito importantes:
“Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados?
E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” (Daniel 8:13-14)

I.2 A VISÃO SE REFERE AO FIM DO TEMPO: AO ÚLTIMO TEMPO DA IRA

Antes de iniciar a explicação do significado da visão, o próprio anjo Gabriel revelou uma importante chave para que se entenda toda esta revelação: A VISÃO SE REFERE AO FIM DO TEMPO: AO ÚLTIMO TEMPO DA IRA. Eis o texto:
“E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão.
E veio perto de onde eu estava; e, vindo ele, me amedrontei, e caí sobre o meu rosto; mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta visão acontecerá no fim do tempo.
E, estando ele falando comigo, caí adormecido com o rosto em terra; ele, porém, me tocou, e me fez estar em pé.
E disse: eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao tempo determinado do fim.” (Daniel 8:16-19)

I.3 A EXPLICAÇÃO DA VISÃO DO CARNEIRO, DO BODE E DE SEUS RESPECTIVOS CHIFRES PELO ANJO GABRIEL

Na sequência, o anjo Gabriel revela alguns importantes detalhes da visão:
Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia,
Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei;
O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dele.
Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um reiferoz de semblante, e será entendido em adivinhações.
E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo.
E pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; e no seu coração se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança; e se levantará contra o Príncipe dos príncipes, mas sem mão será quebrado.” (Daniel 8:20-25)

II – A PROFECIA DE DANIEL 8 TEVE UM PRÉ-CUMPRIMENTO IMPORTANTE NOS TEMPOS DOS ANTIGOS IMPÉRIOS MEDO-PERSA E GREGO

Embora esta visão seja para “o último tempo da ira”- conforme foi revelado nos versículos 17 e 19 - é importante ressaltar que ela teve um pré-cumprimento nos tempos da queda do Império Medo-Persa e da consolidação do Império Grego no cenário do mundo antigo.
Neste tópico, será apresentado brevemente o pré-cumprimento desta visão nos dias dos antigos impérios Medo-Persa e Grego.
De acordo com a visão, um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres. Os dois chifres representam a união entre os reinos dos medos e dos persas. O chifre mais alto, que representa o reino persa, subiu por último, revelando que, embora a Pérsia fosse o reino mais jovem dentro da união, por outro lado, era o reino mais forte.
Também se fala de um bode que vinha do ocidente. Observe que ambos os animais são os principais animais usados nos sacrifícios determinados pelo Eterno para serem feitos no Templo em Jerusalém, de acordo com a Torah.
No verso 21, o bode é identificado como sendo a Grécia e o chifre notável entre os olhos como o seu primeiro rei, em clara referência a Alexandre, o Grande (356-323 a.C). Quanto ao fato de seu reino avançar sobre toda a terra, sem tocar no chão, isso descreve, figuradamente, a rapidez espantosa das conquistas de Alexandre. Em apenas três anos, ele foi capaz de derrotar o poderoso Império Persa cumprindo o verso 7.
O Império de Alexandre (o bode da visão) se engrandeceu sobremaneira e rapidamente sobrepujou o Império Persa (o carneiro da visão) em tamanho.
Aos trinta e três anos de idade, morreu Alexandre na Babilônia. Ele representava o chifre grande e, de acordo com a visão, em seu lugar, se levantariam quatro chifres notáveis.
O verso 22 indica que esses quatro chifres simbolizam quatro reinos que emergiriam do império de Alexandre, mas inferiores em poder.
De fato, na Batalha de Ipsus, travada na Frígia (na atual Turquia), em 301 a.C. ocorreu a divisão do império em quatro reinos tal como fora revelado ao Profeta Daniel. O reino de Cassandro (cerca de 358 a 297 a.C.) foi composto pela Macedônia, a maior parte da Grécia e partes da Trácia. O reino de Lisímaco (cerca de 361 a 281 a.C.) incluía a Lídia, a Jônia, a Frígia e outras partes da atual Turquia. O reino de Seleuco(falecido em 281 a.C) compreendia o atual Irã, o Iraque, a Síria e partes da Ásia CentralO reino de Ptolomeu I (falecido em 283 a.C.) incluía o Egito e as regiões adjacentes.
O verso 9 revela que de um dos quatro chifres sairia um chifre pequeno que cresceria muito para o sul e para o oriente e também para a terra formosa. O verso 23 indica que esse chifre representa um governante cruel que se levantaria de um dos quatro reinos gregos. A descrição das ações desse governante (versos 9-14,23-25) o identifica como Antíoco Epifânio IV, imperador oriundo do reino Selêucida, o qual governou de 175 a 164 a.C.
Esse chifre não deve ser identificado com o "pequeno chifre" de Daniel 7.8, o qual se levantaria durante o período romano, e não no período grego.
No verso 10, é dito sobre o crescimento notável do chifre até atingir o exército dos céus e as estrelas, simbolizando que Antíoco IV se levantaria contra o povo de Deus (confira em Daniel 12:3; Gênesis 12:3 e 15.5; Êxodo 12:41) e contra o exército celestial (Isaías 14:13). O ataque contra o povo de Deus representava um ataque contra o próprio céu. Antíoco Epifânio IV tentou abolir o culto e o modo de vida tradicional de Israel (confira Daniel 11:21-35). Ele cresceu de tal forma em seus intentos malignos que acabou por tirar o sacrifício diário do Templo em Jerusalém (Observe Daniel 8:12-13, e Daniel 11:31), tendo erigido um altar ao deus grego Zeus sobre o altar do Eterno no átrio do Templo e oferecido porcos sobre ele.
De acordo com o verso 13, um dos santos (anjos) perguntou ao outro até quando permaneceria suprimido o sacrifício diário e prevaleceria a transgressão assoladora?
A resposta dada a Daniel, no verso 14, foi “até duas mil e trezentas tardes e manhãs”, em uma clara referência aos sacrifícios da tarde e da manhã (confira Êxodo 29:38-42). De acordo com a Torah, em cada dia devem ser realizados dois sacrifícios: um à tarde e outro de manhã. Assim, se são realizados 2 sacrifícios por dia, então 2300 sacrifícios são realizados em 1150 dias. Ou seja, o tempo revelado pelo Eterno para que o santuário seja purificado é de mil cento e cinquenta dias.
Assim sendo, de 168 a.C. a 165 a.C., o Templo de Jerusalém foi profanado pelos sacrifícios pagãos. Veja a cronologia: Em 168 a.C., Antíoco Epifânio IV invadiu Israel e profanou o Templo de Jerusalém; em 167 a.C., Matatias,  um sacerdote nascido em Jerusalém, que morava na Judeia, deu início à revolta dos Macabeus contra o domínio de Antíoco IV; em 166 a.C., Judas Macabeu, seu filho, assumiu o comando da revolta; em 165 a.C., Judas Macabeu reconquistou Jerusalém e purificou o Templo. Em 164 a.C., Antíoco Epifânio IV faleceu de desgosto por ver as sucessivas vitórias dos Macabeus contra o seu exército.

III – O CUMPRIMENTO PLENO DA VISÃO SERÁ NO ÚLTIMO TEMPO DA IRA

Observamos, entretanto, que o cumprimento definitivo da profecia é para o último tempo da ira, de acordo com as Sagradas Escrituras:
“E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão.
E veio perto de onde eu estava; e, vindo ele, me amedrontei, e caí sobre o meu rosto; mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta visão acontecerá no fim do tempo.
E, estando ele falando comigo, caí adormecido com o rosto em terra; ele, porém, me tocou, e me fez estar em pé.
E disse: eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao tempo determinado do fim.” Daniel 8:16-19

Há, nesta Escritura, algo que chama muito atenção. Em sua explicação sobre o significado da visão, o anjo do Eterno revela com clareza a maior parte dos fatos contidos na visão, entretanto, quando vai explicar a respeito das tardes e das manhãs, o anjo fala muito pouco. Observe o que ele diz no verso 26:    
“E a visão da tarde e da manhã que foi falada, é verdadeira. Tu, porém, cerra a visão, porque se refere a dias muito distantes.” (Daniel 8:26)

Ou seja, a parte referente às 2300 tardes e manhãs, como já vimos, correspondem a 2300 sacrifícios da tarde e da manhã, isto é, a um total de 1150 dias. E isto se refere a dias muito distantes.
Ora, o Eterno usa quatro expressões muito fortes para situar a profecia no último tempo da ira: “o último tempo da ira” (verso 19), “dias muito distantes” (verso 26), “fim do tempo” (verso 17), “tempo determinado do fim” (verso 19).  O Eterno faz questão de frisar a ideia de que a visão está relacionada ao último tempo antes da restauração plena de Israel no final dos tempos.
É lógico que a época do apogeu do Império Grego de Alexandre, o Grande, até Antíoco Epifânio IV nunca poderia corresponder ao “último tempo da ira” sobre Israel, pois  esse tempo (de Alexandre, o Grande, a Antíoco IV) ocorreu antes mesmo da primeira vinda de YESHUA. Depois de Antíoco Epifânio IV, houve outros períodos em que os judeus sofreram até muito mais. No ano 70, o general romano Tito e seu exército destruíram o Templo e a cidade de Jerusalém, com mais de um milhão de judeus mortos. No ano 135, o imperador romano Adriano mandou arrasar a cidade de Jerusalém, ao cabo da revolta judaica liderada por Simão bar Kokhba, com centenas de milhares de judeus mortos. Sem falar no holocausto nazista liderado por Hitler, em que foram mortos mais de 6.000.000 (6 milhões) de judeus. E ainda assim, não foi o último tempo da ira.
O “último tempo da ira”, conforme analisamos no último estudo, será um período composto por 10 anos de tribulação.
Dentro deste período de 10 anos de Tribulação – o qual é o autêntico “último tempo da ira” a que se refere a visão de Daniel - serão contados 1150 dias e o santuário será purificado e o sacrifício contínuo no Templo de Jerusalém será reiniciado.  

IV – A REVELAÇÃO-CHAVE QUE RELACIONA O PRÉ-CUMPRIMENTO NO TEMPO DO ANTIGO IMPÉRIO GREGO AO CUMPRIMENTO EFETIVO DA VISÃO NO “ÚLTIMO TEMPO DA IRA”   

Primeiramente, se deve ter em mente que:
- as revelações dos capítulos 2 e 7 do Livro do Profeta Daniel apontam para um período profético até o império romano (incluindo o império do qual emergirá o anticristo no final dos tempos);
- as revelações do capítulo 8 do Livro do Profeta Daniel, por outro lado, apontam para um período profético até o império grego (o qual dominou o mundo antigo imediatamente antes do império romano exercer seu domínio).
Na visão do capítulo 8, os anjos do Eterno revelaram alguns dados de tal maneira detalhados que nos remeteram para o efetivo cumprimento de uma parte da visão nos tempos do Império Grego, de Alexandre, o Grande, até Antíoco Epifânio IV. Não há dúvidas de que parte da profecia se cumpriu no tempo destes imperadores, conforme foi explicado no tópico II deste estudo.
Entretanto, o pleno cumprimento de Daniel 8 somente se dará no “último tempo da ira”, em “dias muito distantes” daquele em que foi dada a visão, mais especificamente em um “determinado tempo do fim”.
Como relacionar o pré-cumprimento da visão na época do antigo Império Grego ao cumprimento efetivo no último tempo da ira?
Vamos analisar, primeiramente, o mapa abaixo do antigo Império Grego na época de Alexandre, o Grande, já que Alexandre foi revelado como sendo a ponta grande do bode, o qual representa o Império Grego, na visão de Daniel 8:

         
MAPA DO ANTIGO IMPÉRIO GREGO NA ÉPOCA DE ALEXANDRE, O GRANDE

Façamos, agora, uma comparação da faixa amarela do mapa acima que representa a região dominada pelo antigo Império Grego com o mapa abaixo que apresenta nações do Oriente Médio e do Norte da África nos dias de hoje.

 
MAPA ATUAL DO ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA - VIDE IRÃ (IRAN), IRAQUE (IRAQ), TURQUIA (TURKEY), LÍBIA (LIBYA) e SUDÃO (SUDAN)
   
Observando muito atentamente os dois mapas, verifica-se que, dentre os países existentes hoje no Oriente Médio e no Norte da África, alguns dos principais países, que hoje possuem áreas que pertenciam ao antigo Império Grego, são os seguintes: Irã (Iran), Iraque (Iraq), Turquia (Turkey), Líbia (Libya) e Sudão (Sudan).  
Este é um dado muito importante, pois nos faz constatar que a área ocupada pelo antigo Império Grego (vide o 1º mapa) possui regiões pertencentes aos mesmos países que farão parte da coalizão de países que lutará contra Israel no final dos tempos, de acordo com a profecia de Ezequiel 38 e 39.
Observe, a seguir, o texto extraído do estudo “O CENÁRIO PROFÉTICO SE FORMA: A CHAVE PARA ENTENDER O TEMPO DO ARREBATAMENTO” que foi postado no site www.oarrebatamento.net em 26 de dezembro de 2016, no qual foram identificados os países que farão parte da coalizão que lutará contra Israel no último tempo da ira, de acordo com o texto de Ezequiel 38:3-8:  

"Para facilitar seu entendimento, constam no próprio texto, a seguir transcrito, algumas explicações entre colchetes, para tornar dinâmica sua compreensão. Acompanhe a seguir a perfeição da Palavra de Deus, cujo cumprimento se descortina diante de nós. 
"E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue [líder russo], príncipe e chefe de Meseque [atual Moscou, capital da Rússia] e de Tubal [atual Tobolsk, cidade proeminente da Sibéria Russa Ocidental];
E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada;
Persas [Irã], etíopes [Sudão e Etiópia], e os de Pute [Líbia] com eles, todos com escudo e capacete;
Gomer [Iraque] e todas as suas tropas; a casa de Togarma [Turquia], do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo.
Prepara-te, e dispõe-te, tu e todas as multidões do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda.
Depois de muitos dias serás visitado. No fim dos anos virás à terra que se recuperou da espada [a terra e o povo de Israel], e que foi congregada dentre muitos povos [milhões de judeus retornaram a Israel no último século], junto aos montes de Israel, que sempre se faziam desertos; mas aquela terra foi tirada dentre as nações, e todas elas habitarão seguramente.(Ezequiel 38:3-8)
Nesta guerra, como visto, diversos países lutarão contra Israel, que terá a seu favor a Eterna Palavra Profética, com o Messias, atuando de forma firme e invisível, manejando sua espada, infringindo grave derrota a todos quantos se levantarem contra o seu povo. Observe que os países que constam no texto sagrado são todos muçulmanos. A Rússia, apesar de ser a exceção, é um dos países onde o Islã tem mais crescido no mundo na atualidade. Isto indica que um dos panos de fundo da guerra reside no conflito entre Israel e o Islã." 

Apesar de não estar indicado no mapa do antigo Império Grego (1º mapa acima apresentado), vale frisar que a região da atual cidade russa de Taganrog, situada na província de Rustov, foi o primeiro assentamento grego na região noroeste do Mar Negro, mesmo antes de Alexandre, o Grande, tendo sido denominada pelo historiador grego Heródoto como Emporion Kremnoi. Assim sendo, havia também regiões da atual Rússia que fizeram parte do antigo Império Grego profetizado em Daniel 8.
Logo, Daniel 8, quando se refere ao cumprimento da visão no “último tempo da ira”, está apontando, na verdade, para o cumprimento de Ezequiel 38 e 39, o qual trata de uma guerra a ser travada por Israel contra uma coalizão composta por Rússia, Irã, Iraque, Turquia, Líbia e Sudão, dentre outros países, no "fim dos anos" (Ezequiel 38:8) ou no "fim dos dias" (Ezequiel 38:16), em clara alusão ao final dos tempos.
Mas Daniel 8 acrescenta um dado muito importante à profecia de Ezequiel 38 e 39: passarão 1150 dias e será purificado o santuário no Templo de Jerusalém (que será reconstruído muitíssimo em breve). E após ser purificado o santuário, voltará a ser realizado o sacrifício contínuo, duas vezes por dia, uma à tarde e outra de manhã.

V – A RELAÇÃO DE DANIEL 8 e EZEQUIEL 38 e 39 com ZACARIAS 9   

Daniel 8 também serve de base para se entender o significado da última parte de Zacarias 9.
Observamos que Zacarias 9 apresenta profecias que se refere a fatos que obedecem a uma ordem cronológica. Como, por exemplo:
Em Zacarias 9:9, foi profetizado que o Messias viria a Jerusalém montado sobre um jumentinho, profecia esta que de fato ocorreu cerca de 550 anos depois.
Em Zacarias 9:10, foi profetizado que Israel (Efraim) e Jerusalém seriam seriamente destruídos, profecia que de fato se cumpriu no ano 70 quando o general romano Tito destruiu o Templo, a cidade de Jerusalém e outras regiões de Israel, destruição esta completada pelo imperador romano Adriano no ano 135.
Ainda em Zacarias 9:10, foi profetizado que a Palavra do Messias seria anunciada aos gentios, até as extremidades da Terra, profecia esta que vem se cumprido ao longo de cerca de 2000 anos.
Em Zacarias 9:11-12, foi profetizado que, devido ao sangue da primeira aliança, o Eterno livraria o seu povo Israel do cativeiro e o traria de volta à fortaleza (em clara referência à volta dos judeus à sua própria Terra em Israel).
Ainda no verso 12, o Eterno promete que Israel seria restaurado com abundância (em dobro), profecia esta que de fato tem se cumprido nos dias de hoje em várias áreas de Israel: agricultura, tecnologia, indústria, etc.
Dos versos 13 ao 17, seguindo a ordem cronológica característica de todo o capítulo 9 do Livro de Zacariaso Eterno se refere à guerra de Israel contra a coalização liderada pela Rússia profetizada em Ezequiel 38 e 39, resumindo o inimigo com uma única palavra “Grécia”, em clara alusão ao antigo Império Grego que ocupou, na antiguidade, uma região hoje ocupada por países que participarão da coalizão de Ezequiel 38 e 39. Eis o texto de Zacarias 9:13-17:               
“Porque curvei Judá para mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó GréciaE pôr-te-ei, ó Sião, como a espada de um poderoso.
E o SENHOR será visto sobre eles, e as suas flechas sairão como o relâmpago; e o Senhor DEUS fará soar a trombeta, e irá com os redemoinhos do sul.
O Senhor dos Exércitos os amparará; eles devorarão, depois que os tiverem sujeitado, as pedras da funda; também beberão e farão barulho como excitados pelo vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar.
E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, como ao rebanho do seu povo: porque como pedras de uma coroa eles resplandecerão na sua terra.
Porque, quão grande é a sua bondade! E quão grande é a sua formosura! O trigo fará florescer os jovens e o mosto as virgens.” (Zacarias 9:13-17)

Assim sendo, em Daniel 8 e em Zacarias 9, o Eterno fez alusão ao antigo Império Grego para apontar para a coalizão de nações lideradas pela Rússia, profetizada em Ezequiel 38 e 39, coalizão esta que será derrotada por Israel, que terá ao seu lado o próprio Eterno para aniquilar todos seus inimigos.

Que o Eterno os abençoe.
oarrebatamento.net  

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