FESTAS JUDAICAS E SEUS SIGNIFICADOS PROFÉTICOS


ESTUDOS BÍBLICOS
Acredito ser fundamental explicar o significado profético das Festas Judaicas. Infelizmente, para uma grande parte dos Cristãos atuais, as passagens de Levíticos 23 onde estão as ordenanças das Festas, são maçantes textos relacionados a cultura judaica apenas, sem maior significado. Grande engano, há muito mais por detrás dessas Festas do que muitos imaginam.


Primeiramente, repare que em Levítico 23.1, Deus define as festas para serem fixas e como santas convocações, ou seja, são convocações para uma assembléia sagrada para seu povo, uma espécie de ensaio geral e, se é algo sagrado e foi instituído pelo próprio Deus, não podemos ignorar sua importância. Os Cristãos não tem nenhum dever ou compromisso de observar ou celebrar essas festas, mas o entendimento do seu significado traz um ganho tremendo para a Fé. Jesus, como um judeu justo, celebrou as festas, como pode-se observar nos registros dos evangelhos, inclusive o Hanuká (conhecida também como Festa das Luzes ou Festa da Dedicação, leia em João 10.22-23) que é uma festa celebrada pelos Judeus em memória da purificação do templo da profanação de Antíoco Epifanes, celebração esta que não está na relação de Levíticos 23.



É interessante observar que em Levítico 23, a primeira ordenança envolve o Sábado, o qual deveria ser observado pelo povo de Israel como um descanso solene. Neste artigo não vou abordar o Sábado, mas sim as outras festas, devido aos seus significados. Meu objetivo é apresentar as sete Festas instituídas, onde as quatro primeiras, que ocorrem na primavera durante as épocas de plantio e colheita da cevada, já foram cumpridas por Cristo na sua Primeira Vinda, e que as três seguintes, que ocorrem no outono durante o período da colheita do trigo, se cumprirão profeticamente em sua Segunda Vinda. As quatro primeiras Festas são também conhecidas como “as primeiras chuvas” ou “chuvas temporãs” (primavera) e as três Festas seguintes são conhecidas como “as últimas chuvas” ou “chuva serôdia” (outono), dessa forma, esses dois períodos de chuvas estão relacionados a Primeira e a Segunda Vinda de Cristo (leia Oséias 6.3, Joel 2.23, Deuteronômio 11.10-17 e Tiago 5.7-8). Veremos que essas Festas são ensaios feitos por Israel, das várias partes do plano de Deus para a humanidade.

Para compreender melhor as Festas e seus significados proféticos, vamos precisar entender melhor o calendário judaico, pois diferente de nós que temos um calendário solar, o judaico é baseado no ciclo lunar; dessa forma, cada mês começa com o surgimento da lua nova e cada dia começa com o surgimento da Lua (muitas vezes confundido com o pôr do Sol). Deus em Gênesis 1, instituiu esse sistema, declarando repetidamente que “… foi a tarde e a manhã, o dia …”. Os meses judaicos comparados ao nosso calendário, podem ser vistos da seguinte forma:
Mês Judaico Mês Equivalente Aproximado
 01 Nisan/Abib Março-Abril
 02 Zif/Iyar Abril-Maio
 03 Sivam Maio-Junho
 04 Tamuz Junho-Julho
 05 Ab/(Av) Julho-Agosto
 06 Elul Agosto-Setembro
 07 Tishrei Setembro-Outubro
 08 Bul/Heshvan Outubro-Novembro
 09 Chilseu/Kislev Novembro-Dezembro
 10 Tebeth Dezembro-Janeiro
 11 Sebat/Shebat Janeiro-Fevereiro
 12 Adar Fevereiro-Março
 13 Ve-Adar/II Adar (Adar Sheni)* Fevereiro-Março

* o mês Ve-Adar pode ser entendido como um ano bissexto.
O primeiro dia do mês é chamado de Rosh (Chefe) Hodesh (Lua), nesse dia o Shofar (chifre de carneiro) era soprado e tochas eram acesas para que cada pessoa soubesse que aquele era o primeiro dia do mês (leia Salmos 81.3-5). Alguns dias do calendário judaico são particularmente interessantes e possuem significados históricos relevantes, por exemplo:
  • Quatro eventos muito importantes ocorreram no primeiro dia de Nisan: o Tabernáculo de Moisés foi dedicado depois de sairem do Egito (Êxodo 40.17-35), O rei Ezequias purificou o templo (2 Crônicas 29.2-3), Esdras iniciou sua viagem de retorno para reconstruir o templo (Esdras 7.9), Artaxerxes publicou o decreto de reconstrução dos muros de Jerusalém (Neemias 2.1-8).
  • No dia 10 de Nisan ocorreu a santificação do cordeiro para a Páscoa conforme Moisés instruiu ao povo para prepararem o cordeiro (Êxodo 12.3-6). Cristo, nosso Cordeiro Pascal, é “separado” no dia 10 de Nisan (João 12.1-2).
  • O dia 9 de Ab/(Av) historicamente representa um dia de tragédias e infortúnios na história de Israel, a seguir uma relação de 8 fatos ocorridos nesse dia que os Judeus tradicionalmente lembram a cada ano, mais 4 outros eventos relacionados ao mesmo dia:
    1.  Dez dos 12 espias retornam em 9 de Av com o péssimo relatório sobre a terra prometida.
    2.  O Templo de Salomão começou a ser destruído pelos Babilônios em 9 de Av, o início do fogo foi no dia 9 e no dia 10 ficou completamente destruído.
    3.  O Segundo Templo foi destruído pelos Romanos em 9 de Av no ano 70 d.C. Segundo o historiador Judeu Flavio Josefo, o fogo nos muros e em parte da cidade começou em 8 de Av.
    4.  Em 71 d.C. o exército Romano lavrou todo o Monte do Templo em 9 de Av.
    5.  Bar Kochba foi morto e seu exército destruído no dia 9 de Av em 135 d.C.
    6.  Em 1290 d.C., a Inglaterra expulsou os Judeus do país no dia 9 de Av.
    7.  Em 1492, a Espanha expulsou todos os Judeus do seu país no dia 9 de Av.
    8.  Em 1914, no dia 9 de Av, a I Guerra Mundial foi declarada. No leste da Rússia, o governo Russo começou uma campanha de severa perseguição aos Judeus.
    9. Urbano II convocou as Cruzadas no ano de 1095, no dia 9 de Av.
    10. Queima dos Talmudes no ano de 1242 no dia 9 de Av.
    11. No ano de 1942, em 9 de Av, teve início no Campo de extermínio de Treblinka as primeiras mortes dos judeus sob a determinação de Adof Hitler.
    12. Em 18 de Julho de 1994, dia 9 de Av, foram mortos 86 judeus e mais de 120 ficaram feridos em um atentado terrorista contra a associação israelita na Argentina por um grupo terrorista, provavelmente o Hezbollah.

Agora, com base no que vimos até aqui, podemos ver a tabela das sete Festas Judaicas e seus dias para comemoração, conforme descrito em Levíticos 23:
FestaÉpoca da Festa
 Páscoa Primeiro mês, no décimo quarto dia
 Pães Asmos Primeiro mês, do décimo quinto dia ao vigésimo primeiro
 Primeiros Frutos (Primícias) Primeiro dia após o Sábado dos Pães Asmos
 Pentecostes 50 dias após a Festa dos Primeiros Frutos
 Trombetas Sétimo mês, no primeiro dia
 Expiação Sétimo mês, no décimo dia
 Tabernáculos Sétimo mês, no décimo quinto dia ao vigésimo primeiro

Vamos agora analisar cada uma das Festa da tabela anterior em detalhes e seu significado profético.
Páscoa
A Páscoa é uma Festa que lembra a libertação do povo Judeu da escravidão do Egito, para nós Cristãos, nos lembra de nossa libertação da escravidão do pecado através de Cristo. Jesus é o Cordeiro Pascal definitivo e provido por Deus para a salvação dos homens, conforme profetizado durante todo o Antigo Testamento, desde a queda do homem.
O cordeiro tinha de ser sacrificado no crepúsculo ou no início do entardecer, o horário das 3 da tarde (a hora nona) era a divisão entre a Oblação (oferta) menor e a Oblação (oferta) maior. Jesus foi crucificado às 9 da manhã do dia 14 de Nisan e morreu (expirou) às 3 da tarde (Marcos 15.25), sendo sepultado as 6 da tarde daquele mesmo dia.
Na pessoa de Cristo, essa Festa teve seu cumprimento máximo, na Cruz, onde foi cravada a cédula de nossa dívida com Deus (Colossenses 2.14).
Pães Asmos
A Páscoa é seguida de uma semana de Festa dos Pães Asmos (não levedados). No Antigo Testamento, fermento poderia ser leite; ovo ou qualquer outro ingrediente que, ao ser adicionado na massa, poderia causar a fermentação. Normalmente o fermento é a “levedura”, e a massa se leveda quando é adicionada outra massa contaminada, nessa massa fresca e pura (Gálatas 5.9). O termo fermento ou levedo, no seu sentido mais amplo, é qualquer coisa que pode causar uma mudança numa massa maior. Referente às escrituras, é qualquer coisa que corrompe um ingrediente quando é adicionado.
E no caso de Cristo, o que isso representa? Vejamos:
      • Ele é o pão da vida.
      • Ele não teve fermento.
      • Ele foi açoitado, dilacerado, traspassado e moído por nós. Curiosamente o Matzo (pão sem fermento) é cheio de sulcos na aparência, o Matzo é perfurado para que o calor do forno possa passar por todo seu interior e o Matzo é feito de semente esmagada.
Em Cristo a Festa dos Pães Asmos foi cumprida, pois ele é o Pão da Vida sem fermento, do qual devemos nos alimentar continuamente para termos vida e vida em abundância.
Primeiros Frutos (Primícias)
Durante o ano existiam alguns sábados (“Shabat“) extras conhecidos como “Shabaton” ou como “O Grande Shabat“. Esses sete “Shabaton” extras caíam em dias especiais do calendário e não exatamente nas noites de sextas-feiras. O primeiro Shabaton do ano é no dia 15 de Nisan. No ano em que Jesus morreu, o dia 15 de Nisan caiu numa quinta à noite e na sexta de dia. Portanto, houve dois Shabats, um logo após o outro, ou seja, um Grande Shabat para a Páscoa, no dia 15 de Nisan, e o outro no dia 16 de Nisan que foi um Shabat normal celebrado na sexta a noite e no sábado durante o dia. Isso só pode ser encontrado no Novo Testamento somente se for lido no grego em Mateus 28.1 onde a palavra traduzida para Shabat é, na verdade, Shabaton e indo atéMarcos 15.42 encontramos o texto dizendo claramente que “e portanto era o Dia da Preparação, isto é a véspera do sábado (Shabat), …”, veja também Mateus 26.62 e João 19.31. O “Dia da Preparação” refere-se a qualquer dia da semana, em qualquer data, antes de um Shabat.
A Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias teve seu cumprimento em Cristo através de sua ressurreição nesse dia, sendo assim Ele é o primogênito entre os mortos (Colossenses 1.18) para a vida eterna, Ele foi feito a primícia dos que dormem (1 Corintios 15.20). As manifestações descritas em Mateus 27.52-53 foram as Primícias de Cristo oferecidas a Deus Pai, aqueles santos que ressuscitaram foram os primeiros de uma imensa colheita que está para acontecer. A Festa das Primícias é a terceira e última Festa que Jesus cumpriu pessoalmente na Terra. Jesus estava presente fisicamente na Páscoa, nos Pães Asmos e nas Primícias. Ele subiu (ascendeu) ao céu depois de 40 dias, 10 dias antes do Pentecostes. Ele ainda virá fisicamente cumprir mais três Festas.
Pentecostes
Depois das Primícias conta-se o Omer (feixe), a contagem dos 50 dias é chamada de “contando oOmer“, contando os feixes. A nação de Israel ressuscitou quando saiu das águas do Mar Vermelho e 50 dias depois Deus deu a eles a Lei, a Torah. Jesus ressuscitou e 50 dias depois Deus nos concedeu o Ruach Ha’Kodesh (o Espírito Santo). Ambos os casos citados tem o mesmo propósito (João 16.13 e Gálatas 5.22-23).
A Festa hebraica é chamada Festa do Shavuot. Shavuot significa “semanas” e se refere as semanas que estão entre as Festas das Primícias e do Pentecostes. Nas Primícias, um feixe de “grãos ázimos” era movido perante Deus, exatamente como Jesus, sem pecados, foi movido (levantado) diante do Pai. No Shavuot, dois pães levedados (porosos) eram levantados diante de Deus. Já que os dois pães contem levedura (fermento), o que eles representam? Os dois pães são as duas partes da Igreja, a judia e a gentia, mas ambas contem pecado. O término dessa quarta Festa traz o encerramento das Festas das primeiras chuvas, as chuvas temporãs. Jesus falou sobre o Pentecostes em vários momentos, inclusive no dia de sua ascenção (Atos 1.4-9).

Podemos resumir as 4 primeiras Festas da seguinte forma:
Páscoa: Convocação pela morte do Messias.
Pães Asmos: Convocação pelo sepultamento do Messias.
Primeiros Frutos (Primícias): Convocação pela ressurreição do Messias.
Pentecostes: Convocação pela nomeação e delegação de poder ao povo dado pelo Messias.
Vamos observar agora as 3 Festas seguintes, relacionadas as últimas chuvas, a chuva serôdia, que estão para se cumprir. Como vimos nas 4 primeiras, Deus zela pelo cumprimento das Festas de acordo com seus significados e podemos esperar fatos relevantes também para as Festas de outono.

Trombetas
O dia 1 de Tishrei inicia a Festa das Trombetas ou Yom Teruah (O Dia do Estrondoso Despertar) ou ainda o Rosh Ha’Shanah (Cabeça do Ano, o dia do Som do Shofar). Essa é a única Festa que começa com a Lua Nova. O Shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu. Como todos os meses do calendário, o primeiro dia de Tishrei começa com o brilho de uma lua nova. Os vigias no oriente de Israel ficavam observando até que surgisse o primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinal era transmitido rapidamente de vigia em vigia até chegar no Templo. O sacerdote ficava em pé no parapeito a sudeste do Templo e soava o Shofar para que fosse ouvido em todo vale ao redor. Assim que o sacerdote soava o Shofar, os tementes a Deus, verdadeiros servos, interrompiam imediatamente a colheita, mesmo que ficasse ainda mais para ser colhido, deixavam tudo lá mesmo, no campo. Era época de trigo e eles paravam tudo e se dirigiam para o Templo, para adoração do dia de ano novo, a Festa das Trombetas.
Jesus usou essa ilustração para descrever a sua Segunda Vinda. Paulo associa claramente o “soar das trombetas” com a Segunda Vinda de Cristo sobre as nuvens (1 Tessalonicenses 4.16-17 e 1 Coríntios 15.51-52). Isaías associou o uso do Shofar com a vinda do Messias (Isaías 51.9 e 60.1). Paulo associou o despertamento estrondoso com o Shofar e com o arrependimento dos pecados e citou Isaías 60.1 em Efésios 5.14-17.
Rosh Ha’Shanah é também chamado de Yom Ha’Din, o Dia do Juízo, uma época em que as cortes celestiais se reúnem e fazem uma análise completa da vida de cada pessoa. Os 30 dias de Elul, antes do primeiro dia de Tishrei é, então, tempo de se voltar para Deus e os 10 dias que precedem ao Yom Kippur (Dia do Temor, Expiação), são chamados de Dias de Temor ou “Os Dias Terríveis”. Exatamente como o Judeu faz anualmente, vemos que precede o encerramento do Rosh Ha’Shanah e que inaugura o “Dia do Senhor” (Sofonias 2.1-3). Uma curiosidade relevante, os rabinos ensinam o seguinte:
    1. No Rosh Ha’Shanah cada pessoa é julgada.
    2. Deus abre três livros e todos aqueles que tinham se voltado para Ele, seus nomes estavam escritos no Livro dos Justos.
    3. Depois disso Deus divide o restante em dois grupos:
a) O primeiro grupo é o Rashim (completamente iníquo) e seus nomes são escritos no Livro dosRashim, um livro que contem os nomes daqueles que são totalmente ímpios. O destino dos Rashimé selado no Rosh Ha’Shanah porque eles rejeitaram, por suas próprias escolhas, a salvação provida por Deus pelo Seu Messias.
b) O segundo grupo é chamado de Intermediários. Esse é o maior grupo e que nem é considerado justo ou completamente iníquo. A esse grupo é dado 10 dias a mais para se arrepender, antes do início do Yom Kippur. Se eles se arrependerem até o Yom Kippur, então seus nomes são escritos no Livro dos Justos, mas se não, vão para o Livro dos Completamente Iníquos. O destino de cada um é determinado no Yom Kippur.
Expiação
A palavra expiação, kipper, literalmente significa “cobertura do pecado”. A oferta pelos pecados oferece o perdão de Deus ao ofensor, uma expiação pelo pecado. O Yom Kippur ocorre no dia 10 de Tishrei e é o dia de adoração mais solene e mais sagrado no Judaísmo. Ele é chamado de “O Sabbath dos Sabbaths”. Esse é o dia em que todo Israel chora por seus pecados. Esse é o único dia do ano em que o sumo-sacerdote entra no santíssimo lugar ou “santo dos santos”, o lugar mais sagrado.
Deus revelou Sua intenção de que o Yom Kippur deveria ensinar o perdão de todas as dívidas; a libertação daqueles que estavam em algum tipo de servidão e o retorno das possessões. Quando Ele instituiu o Ano do Jubileu, a cada 50 Yom Kippur teria que ser um jubileu mesmo, ou seja, um júbilo. Era uma prática que deveria começar 50 anos depois de sua instituição, no entanto essa celebração ainda não foi realmente celebrada de verdade. Israel ainda aguarda a celebração completa do seu primeiro Jubileu, que vai acontecer quando o Messias retornar.
Yom Kippur, ou Dia da Expiação, vem da palavra Kaphar que quer dizer “cobrir”. Jesus é a nossa propiciação ou cobertura, Ele é a nossa expiação que apaga completamente os nossos pecados.
Tabernáculos
A Festa dos Tabernáculos ou Sukkot é também chamada de “Festa das Tendas” ou “Festa das Cabanas” (Sukkahs). A Festa do Senhor e a Festa do Recolhimento da Colheita. Essa é a terceira das Festas da colheita, uma grande temporada de júbilo e alegria. Começa 5 dias após o Yom Kippur, no dia 15 de Tishrei, na lua cheia e dura 7 dias. A Festa comemora a provisão e o abrigo de Deus durante o êxodo e ilustra Sua habitação no mundo porvir, a Nova Jerusalém. A Festa dos Tabernáculos continuará a ser celebrada durante o reino milenial de Cristo (Zacarias 14.16-19).
O sétimo dia da Festa dos Tabernáculos foi chamado de Hosha’Na Rabba, que significa o Dia da Grande Hosana. Assim como todos os dias os sacerdotes derramavam água no Templo durante a Festa dos Tabernáculos, Jesus também se colocou no monte do Templo e declarou ser a verdadeira Água da Vida, a Vida no Espírito, estava sendo derramada de dentro Dele mesmo. Durante a Festa dos Tabernáculos, o Monte do Templo ficava impressionantemente iluminado com muitas tochas e lanternas. No Templo completamente iluminado Jesus declarou ser Ele mesmo a verdadeira Luz. Essas tradicionais alusões à água e à luz, como aqui mencionados, lembram parte do descritivo da Nova Jerusalém que desce do céu, conforme está escrito no livro de Apocalipse 21.9-27.
Jesus em pessoa é o nosso Sukkot, nosso verdadeiro tabernáculo que habitará perpetuamente entre os homens.
Com isso finalizamos esse pequeno estudo sobre as Festas e seus significados proféticos. O cumprimento das últimas três Festas está próximo, os sinais estão cada vez mais visíveis. Nos artigos anteriores dessa série de Escatologia, já apresentei em que época estamos, no próximo artigo vou apresentar vários sinais relacionados à essa época atual em que vivemos. Se deseja estudar com mais profundidade os temas das Festas aqui abordados, recomendo a leitura do livro “As Festas Judaicas do Antigo Testamento” do Dr. Grady Shannon McMurtry (veja aqui), este artigo foi uma adaptação de vários trechos dessa obra.
Que Deus o abençoe e ilumine Seu rosto sobre você!!!
Por: Dionei Cleber 

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