AS FESTAS DO ETERNO E SEUS CUMPRIMENTOS PROFÉTICOS

- ESTUDOS


As Festas do Eterno foram ordenadas ao seu povo Israel, conforme previsto no livro de Levítico capítulo 23. Através destas festas, o Eterno nos revelou todo o seu plano de redenção que seria executado através de Seu Filho, YESHUA HAMASHIACH.

Eis as festas do Eterno e o cumprimento profético de cada uma:

1) Festa da Páscoa Judaica ou Pessach – YESHUA é o Cordeiro Pascal. Na Pessach, a Páscoa do Eterno, o povo de Israel celebra a saída do Egito e a passagem pelo Mar Vermelho.
É importante ressaltar que a Pessach é a única páscoa relatada nas Escrituras, não tendo nenhuma relevância para o Eterno qualquer outro tipo de celebração que os homens tenham denominado de páscoa. Eis o que o Eterno fala sobre a Pessach dada ao seu povo Israel:
“Estas são as solenidades do Eterno, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado: No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Eterno.”(Levítico 23:4-5)
O cumprimento profético desta primeira festa aponta para YESHUA HAMASHIACH como o Cordeiro de Deus, sacrificado por ocasião da Páscoa Judaica para salvação de todo aquele que nEle crer. O apóstolo Paulo tinha o entendimento perfeito deste mistério:
“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.”(1ª Coríntios Co 5:7).

2) Festa dos Pães Ázimos ou ChagMatzot - Assim como a morte de YESHUA foi cumprida na Pessach, seu Sepultamento se cumpriu na Festa dos Pães Asmos, apontando para a pureza de YESHUA. Esta festa deve ser celebrada por uma semana, imediatamente após a Pessach.
“E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do Eterno; sete dias comereis pães ázimos”(Levítico 23.6).
Assim como a primeira festa aponta para YESHUA crucificado; o cumprimento profético desta segunda festa aponta para o sepultamento de YESHUA, ocorrido no lugar mais próximo, pouco depois do pôr do sol, por causa da preparação dos judeus:
“Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.
Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas.
Depois disto, José de Arimatéia (o que era discípulo de YESHUA, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de YESHUA. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de YESHUA.
E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a YESHUA), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés.
Tomaram, pois, o corpo de YESHUA e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro.
E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto.
Ali, pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a YESHUA. (João 19:31,33,38-42)
Era dia da Festa dos Pães Asmos, a segunda Festa do Eterno, ordenada para ser realizada no dia seguinte à Pessach. A Festa dos Pães Asmos teve seu cumprimento com o Sepultamento de YESHUA. O Sepultamento do Corpo sem máculaSem fermento. O Apóstolo Paulo fez a leitura perfeita deste cumprimento da Segunda Festa no versículo seguinte àquele em que associou o cumprimento da Primeira Festa (Pessach) à Morte do Mashiach:
“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.
Por isso façamos a festa (dos Asmos)não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. (1ª Coríntios 5:7,8)
O Corpo do Mashiach Sepultado sem pecado aponta para o Pão sem fermento que é dado a seus discípulos em memória de seu Sacrifício e Morte:
“E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” (1ª Coríntios 11:24-26)

3) Festa das Primícias ou HaBikurim - Na sua Ressurreição, YESHUA foi feito as Primícias dos que dormem. Esta festa é celebrada no dia seguinte à Festa dos Pães Asmos (Levítico 23:11) e aponta para a Ressurreição do Messias.
“Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho das primícias da vossa sega ao sacerdote. Ele moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado, o sacerdote o moverá (Levítico 23:10-11)
O cumprimento profético desta Terceira Festa ocorreu com a Ressurreição de YESHUA no dia seguinte ao sábado, ou seja, no primeiro dia da semana, apontando para o fato de Ele próprio ser as primícias dos que ressuscitarão quando Ele voltar para arrebatar a sua Noiva.
"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.
Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda(1ª Coríntios 15:20, 23)

4) Festa de Pentecostes ou ShavuotYESHUA capacita seu povoInicia-se o tempo da igrejaEsta Festa, também chamada de Festa das Semanas ou Festa da Colheita, acontece cinqüenta dias após a Festa das Primícias.
"Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao Senhor. E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o Senhor vosso Deus." (Levítico 23:15-16, 22)
Vale enfatizar que as Escrituras descrevem três tipos especiais de trombetas: a “Primeira Trombeta” tocada na Festa de Pentecostes; a “Grande Trombeta” tocada no Dia da Expiação (Sexta Festa); e a “Última Trombeta” tocada na Festa das Trombetas (Quinta Festa).
A “Primeira Trombeta”, tocada durante a Festa do Pentecostes (Shavuot), celebra a entrega da Lei ao povo de Israel. Esta trombeta é descrita em Êxodo 19:16-19: 
“E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de trombeta mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.
E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte.
E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente.
E o sonido da trombeta ia crescendo em grande maneira; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta.” (Êxodo 19: 16-19)  
No dia de celebração desta Quarta Festa, ocorreu seu cumprimento profético  com a inauguração do tempo da igreja.
"E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais repousaram sobre cada um deles" (Atos 2:1-3).
"De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia (da Festa de Pentecostes) agregaram-se quase três mil almas" (Atos 2:41)
Estava sendo dado início ao tempo da igreja, no mesmo dia de celebração da Festa de Pentecostes.

5) Festa das Trombetas ou Yom Teru'ah - Aponta para o Arrebatamento da Noiva de YESHUA HAMASHIACH, encerrando o tempo da igreja.
"Fala aos filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação" (Levítico 23:24).
Enquanto o cumprimento profético da Quarta Festa - a Festa de Pentecostes - se deu com o início do tempo da igreja de YESHUA na Terra; o cumprimento profético desta Quinta Festa - a Festa das Trombetas - ocorrerá por ocasião do Arrebatamento da Noiva do Cordeiro, encerrando o período da igreja na Terra.
"Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem (...) Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1ª Tessalonicenses 4:15, 17).
Por ocasião da celebração desta Quinta Festa, o Glorioso Noivo YESHUA virá buscar sua Amada Igreja na noite de Lua Nova. Isto ficou plenamente revelado pelo Apóstolo Paulo e pelo próprio Messias. Paulo nos escreveu um mistério (segredo) sobre o momento do Arrebatamento da Igreja de YESHUA:
"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos (morreremos), mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1ª Coríntios 15:51-52).
De acordo com esta Escritura, a última trombeta soará e, então, “os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”, ou seja, a última trombeta soará e, então, ocorrerá o Arrebatamento da igreja.
E quando é tocada a “última trombeta”? De acordo com a tradição judaica (lembremo-nos que o Apóstolo Paulo era judeu e profundo conhecedor das tradições judaicas), a “última trombeta” se refere a um toque especial de trombeta que é soado, anualmente, em cada um dos dois primeiros dias do mês de Tishrei (sétimo mês do calendário bíblico que ocorre, normalmente, em setembro), dias estes em que é celebrada a Festa das Trombetas, a partir do aparecimento da Lua Nova em Jerusalém.
Conforme estudado acima, há três trombetas especiais: a Primeira Trombeta, a qual é tocada na Festa do Pentecostes (Shavuot); a Grande Trombeta, a qual é tocada no Dia da Expiação (Yom Kippur); e a Última Trombeta, a qual é tocada em cada um dos dois dias de celebração da Festa das Trombetas (Yom Teru’ah). Este é o mistério a que se refere o Apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, em 1ª Coríntios 15:51-52: Ao toque da Última Trombeta, em uma Festa das Trombetas em Jerusalém, YESHUA virá buscar sua Amada, a igreja fiel, arrebatando-a nos ares.
O Shofar, na Festa das Trombetas, é soado em sequências completas de 100 toques durante os dois dias da festa. 
Existem três pequenas sequências padronizadas que se repetem e um toque longo ao final dos 100 toques. As pequenas sequências recebem os nomes de Tekiah (toque de despertar), Shevarim e Teruah, as quais são tocadas repetidas vezes, perfazendo um total de 99 toques com esses 3 tipos de pequenas sequências.
O centésimo e último toque de uma sequência completa é conhecido como a Última Trombeta, a qual apresenta um soar todo especial, diferente dos 99 anteriores, que se chama Tekiah Ha’gadolah, o qual é um toque bem longo e forte, o mais prolongado possível.
Por ser o último toque da sequência de 100 toques, sendo um toque diferente dos demais, os judeus sempre o conheceram como a “Última Trombeta”.
Considerando que a sequência de 100 toques se repete por várias vezes durante os dois dias de celebração da Festa das Trombetas, as Escrituras tiveram o cuidado de delimitar o momento, em cada um dos dois dias, em que será tocada a última trombeta que poderá desencadear o Arrebatamento da Noiva do Cordeiro. Observe a seguir.
Assim, a última trombeta a que se refere o texto de 1ª Coríntios 15:51-52, será tocada no momento conhecido por meio de uma expressão idiomática judaica  denominada "abrir e fechar de olhos". Esta expressão judaica significa o instante, durante o ocaso, em que aparece a terceira estrela no céu logo após o pôr do sol. 
Assim sendo, o Shofar Final (Última Trombeta) é um toque soado somente na Festa das Trombetas, o qual, em breve, desencadeará o Arrebatamento da Noiva do Cordeiro, em um dos dois dias da Festa, sendo soado no “abrir e fechar de olhos”, ou seja, no surgimento da terceira estrela no céu após o pôr do sol.
Vale frisar que, de acordo com o costume judaico dos tempos bíblicos, o noivo judeu vinha buscar sua noiva para a celebração das bodas por ocasião da Lua Nova. Ora, sendo a Festa das Trombetas única das Sete Festas do Eterno celebrada em uma Lua Nova, YESHUA, seguindo o padrão judaico de casamento, virá buscar sua Noiva por ocasião da única das sete festas do Eterno celebrada na Lua Nova, a Festa das Trombetas, ao toque da Última Trombeta, confirmando a profecia de 1ª Coríntios 15:51-52.
A Festa das Trombetas ocorre antes de um período de aflição que precede o Dia da Expiação (Sexta Festa).
A Festa das Trombetas ocorre nos dois dias seguintes ao aparecimento da Lua Nova em Jerusalém, em um noite considerada a mais escura do mês, razão pela qual não era fácil identificá-la, tendo em vista que sua face escura está voltada para a Terra e sem o acesso do sol. 
Esta festa é considerada, de acordo com tradição judaica, como uma preparação para o 'Dia da Ira do Senhor', sendo também chamada pelos judeus como “Yom Hadin”, que quer dizer “Dia de alerta para o dia do juízo”, indicando que o Arrebatamento da Noiva do Cordeiro (a ocorrer em uma Festa das Trombetas) se dará ANTES do período das mais densas trevas sobre a humanidade, denominado de "a Grande Tribulação" representado pelos dias que antecedem ao Dia da Expiação. O texto sagrado de Sofonias 1:14-16 é um claro exemplo deste sentido dado pelos judeus às Festa das Trombetas e ao Dia da Expiação. Confira: 
"O grande dia do SENHOR está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do SENHOR; clamará ali o poderoso. Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas." (Sofonias 1:14-16)
Sim, o soar das trombetas da Festa das Trombetas anunciará a iminente chegada da noite mais escura para a humanidade, ou seja, o início do Dia da Ira do Senhor, pouco tempo depois do Arrebatamento da Igreja.
Assim, pouco tempo depois do Arrebatamento da Igreja, terá início o período da Grande Tribulação de sete anos previsto pelo profeta Daniel, a ser iniciado com um acordo de paz celebrado entre o Anticristo, Israel e outras nações. Eis o texto:
"E ele (o Anticristo) firmará aliança com muitos por uma semana (de anos ou sete anos); e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador." (Daniel 9:27)

6) Festa da Expiação ou Yom Kippur : Aponta para a Volta Gloriosa do Messias no final período da Grande Tribulação.  Repare a perfeição da ordem estabelecida pelo Eterno: primeiro vem a Festa das Trombetas (apontando para o Arrebatamento, sendo que, pouco tempo depois, terá início a Grande Tribulação); depois vem a Festa da Expiação (apontando para a Volta Gloriosa de YESHUA ao final da Grande Tribulação).
"Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e ofereceis oferta queimada ao Senhor. E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso Deus. Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo" (Levítico 23: 27-29).
O cumprimento profético desta Sexta Festa aponta para a Volta de YESHUA em grande poder e glória, ao final da Grande Tribulação em um dia de Yom Kippur, para derrotar o Anticristo e reunir os filhos de Israel que estiverem dispersos dentre as nações.
No tópico em que se estudou a Festa das Trombetas, verificou-se que, naquela festa, é soado um toque conhecido como "Última Trombeta". Também verificou-se que, na Festa do Yom Kippur, é soado um toque denominado de a "Grande Trombeta", também conhecido como "Rijo clamor de Trombeta".
As Escrituras se referem à "Grande Trombeta", a ser tocada em um dia de Yom Kippur, como um sinal da Volta de YESHUA para Israel, ao final da Grande Tribulação, para reunir todos os judeus que estiverem dispersos entre as nações, tal como profetizado em Isaías 27:13:
“E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os (judeus) que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém”. (Isaías 27:13)       
Este mesmo momento profético foi mencionado por YESHUA, ao final do seu Sermão Profético. No texto, o Messias cita o "Rijo Clamor de Trombeta", outra forma de se referir à "Grande Trombeta", fazendo alusão, portanto, ao dia do Yom Kippur, como o dia em que os seus escolhidos, o povo de Israel, serão recolhidos por ocasião de sua Volta em Grande Poder e Glória aos olhos de todas as nações. Eis o texto com as Palavras de YESHUA:
"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombetaos quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." (Mateus 24:29-31)
O verso 29 se refere ao final da Tribulação, pois menciona "logo depois da aflição daqueles dias".
O verso 30 trata do aparecimento de YESHUA no céu ao final da Grande Tribulação aos olhos de todas as nações.
O verso 31 revela que YESHUA enviará seus anjos (mensageiros), com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos, o remanescente de Israel desde os quatro ventos. É importante frisar que a palavra traduzida por "anjos" se refere a mensageiros enviados pelo Messias. Veremos a seguir que estes mensageiros são gentios que restarão ao final da Tribulação.
Os "escolhidos" e os "ajuntados" do texto de Mateus 24:31 se referem à parte dos judeus que ainda estarão dispersos pelas nações ao final da Tribulação, os quais serão trazidos para serem ajuntados em Israel, para participar do Reino Milenar do Messias.   
Para entender a Palavra Profética das Escrituras é fundamental pesquisar nas Escrituras sobre outros textos que tratam do mesmo fato profético que está sendo examinado. Fazendo desta forma, vamos compreender harmonicamente o texto sagrado.

Textos proféticos que tratam do mesmo quadro profético de Mateus 24:31

Isaías 66:18-21
Trata do mesmo fato profético de Mateus 24:31. O capítulo 66 de Isaías versa sobre as várias etapas de restauração do povo de Israel, da Terra de Israel e da cidade de Jerusalém:
"Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos; vem o dia em que ajuntarei todas as nações e línguas; e virão e verão a minha glória.
E porei entre eles um sinal, e os que deles [dos gentios das nações reunidas] escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, flecheiros, a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe, que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha glória entre os gentios.
E trarão a todos os vossos irmãos [os judeus], dentre todas as nações, por oferta ao Senhor, sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários, trarão ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o Senhor; como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas em vasos limpos à casa do Senhor.
E também deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o Senhor." (Isaías 66:18-21)  
A palavra "anjos" de Mateus 24:31 se refere aos mensageiros gentios que restaram das nações reunidas pelo Eterno para o cerco de Jerusalém, os quais irão até as outras nações gentias para anunciar a glória do Messias e para "ajuntar" e trazer para Israel os "escolhidos", ou seja, os judeus que ainda se encontrarem dispersos nessas nações ao final da Tribulação.   

Isaías 49:22-23
No capítulo 49 de Isaías, o Eterno se dirige à Sião e fala de sua redenção (que se dará ao final da Tribulação). Este texto trata do mesmo fato de Mateus 24:31 e Isaías 66:20, ou seja, gentios serão designados pelo Eterno para trazer e ajuntar em Israel os judeus que se encontrarem dispersos pelas nações ao final da Tribulação. Observe:
"Assim diz o Senhor DEUS: Eis que levantarei a minha mão para os gentios, e ante os povos arvorarei a minha bandeira; então [os gentios] trarão os teus filhos [filhos de Sião = judeus] nos braços, e as tuas filhas [filhas de Sião = judias] serão levadas sobre os ombros.
E os reis serão os teus aios, e as suas rainhas as tuas amas; diante de ti se inclinarão com o rosto em terra, e lamberão o pó dos teus pés; e saberás que eu sou o Senhor, que os que confiam em mim não serão confundidos." (Isaías 49:22,23)

Isaías 11:10-12
No capítulo 11 de Isaías, o Eterno se refere aos desterrados de Israel que restarem ao final da Tribulação. Mais uma vez, este texto trata do mesmo fato de que trata Mateus 24:31, Isaías 66:20 e Isaías 49:22, ou seja, gentios que restarem ao final da Tribulação serão designados por Deus para ajuntar e trazer a Israel os judeus que se encontrarem desterrados, ou seja, dispersos pelas nações ao final da Tribulação. Eis o texto: 
"E acontecerá naquele dia [ao final da Tribulação] que a raiz de Jessé [os judeus], a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso.
E há de ser que naquele dia [ao final da Tribulação] o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo [Israel], que for deixado, da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Elã, e de Sinar, e de Hamate, e das ilhas do mar.
E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra." (Isaías 11:10-12)

Observe que o texto de Isaías 11:12 usa expressões [ajuntará os desterrados de Israel...desde os quatro confins da terra] semelhantes às usadas em Mateus 24:31 [ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos].
Existem outros textos das Escrituras que também tratam do mesmo momento profético de Mateus 24:31. Vamos citar mais três:

Isaías 43:6
"Ordenarei ao Norte: "Dá!"; e ao Sul: "Não retenhas!" Trazei hoje meus filhos distantes, e todas as minhas filhas, das extremidades da terra" (Isaías 43:6)

Isaías 60:4
"Ergue os olhos em torno de vê: todos eles se reúnem e vêm de longe, as tuas filhas vêm carregadas nos braços!" (Isaías 60:4)

Isaías 60:9
"Em mim esperam as ilhas de todo o mundo, à frente vêm as embarcações mercantes, os navios de Tarshish, Társis, trazendo de longe os seus filhos, com muita prata e ouro, em honra a Yahweh, o seu Deus, o Santíssimo de Israel, porquanto ele te revestiu de glória e esplendor!" (Isaías 60:9)

Assim, YESHUA voltará em grande poder e glória para Israel, aniquilando o Anticristo, livrando seu povo, recebendo o arrependimento do remanescente de Israel e perdoando os seus pecados no Yom Kippur ou Dia da Expiação ao toque da grande trombeta (rijo clamor de trombeta), conforme Mateus 24:30-31 e outros textos bíblicos. Vale ressaltar que o Yom Kippur é celebrado todo ano no décimo dia do sétimo mês (mês de Tishrei) de acordo com Levítico 23:27.

7) Festa dos Tabernáculos, a Festa das Cabanas ou Sukkot : Aponta para YESHUA reinando com sua Esposa, a Igreja fiel que fora arrebatada, e com seu povo Israel no Milênio de Paz (vale lembrar que os mártires da Grande Tribulação também participarão do Reino Milenar - vide Apocalipse 20:4).
O cumprimento profético desta sétima e última festa aponta para o Reino Milenar de YESHUA HAMASHIACHÉ o governo do Messias sobre as nações da Terra. Esta festa será celebrada anualmente durante o Milênio (Zacarias 14:17-18).
"E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras, e vos alegrareis perante o Eterno vosso Deus por sete dias. E celebrareis esta festa ao Eterno por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas; para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus"(Levítico 23:40-43).
Enquanto o cumprimento profético da Primeira Festa a Pessach (Páscoa) aponta para o Cordeiro de Deus trazendo salvação mediante seu sacrifício na cruz; o cumprimento profético desta sétima e última festa aponta para o Leão da Tribo de Judá, o Rei dos reis, o qual, juntamente com a Igreja e Israel, reinará sobre todas as nações. Eis o texto:
"E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores." (Apocalipse 19:15-16).
"E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com que o Eterno ferirá os gentios que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos." (Zacarias 14:17-18).

Amados, como pudemos observar este estudo é fundamental para a compreensão do tempo do fim, pois as três festas que faltam ser cumpridas por YESHUA apontam para profecias detalhadamente descritas no texto bíblico. Em suma, para se entender os últimos dias profetizados nas Escrituras Sagradas, é essencial compreender as sete Festas do Eterno e seu caráter profético, em especial as últimas três festas.

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